quarta-feira, 9 de março de 2016

Ele anda solto, de Andressa Cunha



Ele anda solto

Cento e vinte e sete anos após a abolição da escravidão e o racismo ainda está presente na vida de muitos brasileiros.
O racismo ainda está presente nos dias de hoje, mesmo que por baixo do pano. A grande maioria sabe que está lá, mas o ignora. Isto em si já é um ato de racismo já que “quem cala, consente”.
Ao olhar para a sociedade, a pessoa negra não vê outro negro em uma boa posição social, e isso o deixa sem referência, sem alguém em quem se espelhar. E assim acaba não querendo ser negro, não querendo fazer parte daquele grupo social desprivilegiado, não se vê como um negro e então reproduz o racismo, porque agora ele se vê como um superior.
Atos de racismo acontecem todos os dias. Vão desde pequenos comentários com o colega de classe a assassinatos. Na internet ele anda solto. A atriz Taís Araújo e o ator Lázaro Ramos são vítimas frequentes. Comentários grosseiros sobre a cor da pele e o tipo de cabelo são comuns. A internet pode ter leis e regulamentos, mas é chamada de “terra de ninguém” já que as mesmas são fracas e pouco eficazes.
Com o racismo solto por aí, brasileiros negros e imigrantes negros têm receio de ter filhos porque não querem que sua prole sofra com discriminação. Mas será esta a solução? A resposta é rápida de se chegar. A sociedade tem que se educar, ensinar as crianças a não reproduzirem racismo e incluir mais a pessoa negra na sociedade, e assim acabar com esse racismo que tanto mata.

-Andressa M. P. Cunha

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