Ele
anda solto
Cento e vinte e sete anos
após a abolição da escravidão e o racismo ainda está presente na vida de muitos
brasileiros.
O racismo ainda está
presente nos dias de hoje, mesmo que por baixo do pano. A grande maioria sabe
que está lá, mas o ignora. Isto em si já é um ato de racismo já que “quem cala,
consente”.
Ao olhar para a sociedade, a
pessoa negra não vê outro negro em uma boa posição social, e isso o deixa sem
referência, sem alguém em quem se espelhar. E assim acaba não querendo ser negro,
não querendo fazer parte daquele grupo social desprivilegiado, não se vê como
um negro e então reproduz o racismo, porque agora ele se vê como um superior.
Atos de racismo acontecem
todos os dias. Vão desde pequenos comentários com o colega de classe a
assassinatos. Na internet ele anda solto. A atriz Taís Araújo e o ator Lázaro
Ramos são vítimas frequentes. Comentários grosseiros sobre a cor da pele e o
tipo de cabelo são comuns. A internet pode ter leis e
regulamentos, mas é chamada de “terra de ninguém” já que as mesmas são fracas e
pouco eficazes.
Com o racismo solto por aí,
brasileiros negros e imigrantes negros têm receio de ter filhos porque não
querem que sua prole sofra com discriminação. Mas será esta a solução? A
resposta é rápida de se chegar. A sociedade tem que se educar, ensinar as
crianças a não reproduzirem racismo e incluir mais a pessoa negra na sociedade,
e assim acabar com esse racismo que tanto mata.
-Andressa M. P. Cunha
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